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terça-feira, setembro 28, 2010
O ANALFABETO POLÍTICO
“O pior analfabeto
é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala,
nem participa dos
acontecimentos políticos.
Ele não sabe
que o custo da vida,
o preço do feijão, do peixe,
da farinha, do aluguel,
do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado,
e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das
empresas nacionais e multinacionais.”
(Bertolt Brecht)
Alfabetizar politicamente é garantir uma escola democrática a olhar a pluralidade que estará postas nas próximas eleições. Essa é uma tarefa a ser construída em mutirão, engajando educadores de vários conhecimentos. Um olhar muito especial deverá ser dedicado ao primeiro voto. Um encontro de formação com esses jovens, por exemplo, contribuirá na formação do juízo crítico, um olhar alfabetizado sobre as múltiplas facetas que envolvem uma eleição: conhecer quem são os candidatos, sua história de vida, a história do seu partido e suas alianças, seus planos reais para temas como ecologia, educação, guerra no trânsito além dos já citados nesse artigo.
Alfabetizar é também formar a sensibilidade e a solidariedade. Que causas sociais defendem nossos candidatos? Que história de vida eles podem nos contar sobre isso? Uma cidadania sem amor ao próximo é uma palavra vazia de significado. É interessante observar que muitos candidatos que participam de colóquios em escolas, encontram dificuldades para falar para adolescentes ou jovens. Isso, por si só, revela uma falta de preparo para se dirigir a uma platéia sedenta por novos aprendizados. Muitos entrarão em escolas que aprenderam o significado do trabalho em rede. Cruzarão em outros momentos com espaços educativos sérios falando de temas humanos e alfabetizantes. Basta um mergulho na cidadania juvenil que ficará fácil perceber expressões fortes como Tribos nas Trilhas da Cidadania, Vida Urgente, Pastoral da Criança.
Outras andanças permitirá que esses candidatos possam conhecer o nível de compreensão social existente em todos os lugares. Um plano de governo sério não pode passar batido diante de uma tema como bullying. Não basta apenas uma lei. Que planos concretos na área educativa cada um possui?
Bertolt Brecht quer nos fazer pensar sobre a alfabetização política. Bem vindos às aulas de vida cidadã. Bem vindos a espaços formadores de ética, de valores e de um pensar a palavra política como algo que seja fruto do bem comum. Vamos por mãos na massa.
Fonte: Parceiros Voluntários
Ler mais: http://pithanpilchas.blogspot.com/2010/07/analfabeto-politico.html#ixzz10HaPgpb3
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